Thursday, March 26, 2009

bah

humm ando sem vontade de escrever... mas em breve hei de cá voltar. Sorry all.

Wednesday, February 4, 2009

Nostalgia

And then she comes again like if the world was her playground
Ingenuity, purity, security
Thrown to the depts of hell by her
Go away life, and take time with you.

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Como as memórias são viciantes...
Como as lembranças nostálgicas são aliciantes
Como a vida passada parece sempre melhor que a de agora
Como qualquer tempo anterior parece bem melhor que esta hora

Tempos antigos onde as lágrimas não eram lágrimas
Mas sim meras jóias salgadas
Que escorriam para a língua a fim de nos deliciar
De nos compensar pelo motivo por que estávamos a chorar

Agora, lágrimas?
Por vezes penso que já nem existem
Não há tempo e sinceramente não há vontade
De sequer chorar de infelicidade

Tempos em que uma janela aberta não era fonte
De geladas correntes de ar
Mas sim janelas abertas ao mundo do sonhar
Em que o céu negro era enigmático
Em que estrelas eram bolas de luz mágicas
E não gases em combustão num qualquer sistema galáctico.

Vidas finitas. Mesmo não tendo acabado
Um qualquer momento já envelhecido
Esquecido para nunca mais ser lembrado
Uma pessoa, duas, uma multidão
Vozes perdidas
E o barulho do nosso próprio coração

Pulsações efémeras
Antes custavam tanto a encontrar
Agora até já decorámos o sítio onde as temos que procurar
Os mistérios da existência
Mecânicamente explicados
Aborrecimento eterno
Tragam-me de volta os meus dilemas passados

O tecto da minha casa
Que antes tinha um branco infinito
Agora apenas tem lascas
A estragar-me a visão
Lascas essas
As lascas na minha recordação

Os choros desalmados
Por objectos enpreçados
Numa qualquer prateleira de loja
Esses choros perdidos e sem razão
Para lavar a cara
E os lençóis do meu colchão

A vontade de chegar onde não chegava
De dar um salto maior que eu
Agarrar-me em algo que cai
E gritar "não fui eu!"
Agora sou grande demais
E sempre que algo cai
(ou atiro algo de propósito)
Ninguém acredita que fui eu.

E só passaram 16 anos de existência
Continuará o tempo com esta insistência
De retirar os momentos de reflexão
Deixar apenas as correrias desenfreadas
As sensações de inutilidade
E os momentos de mais pura perdição?

Espero que não.



(Alice, em breve falo sobre o desafio que me enviaste)

Thursday, January 29, 2009

Como se fosse

Como se fosse bem verdade
Tudo o que mentira é
Como se fosse honestidade
Acreditar em algo por falsa fé

Como se fosse extrema violência
Dizer algo de tão banal
Que as fronteiras da paciência
Explodem de raiva descomunal

Como se fosse raiva arte
Numa pintura do viver
Como se placidez provocasse enfarte
Aí já eu estaria a morrer

Como se fosse lágrima água
Sem paciência para escorrer
Como se nos pudesse matar também a mágoa
Deduzo que assim não iria eu morrer

Como se fosse eu gelar o inferno
Com um bafo de calorosa lógica
Como se fosse uma brisa de Inverno
A minha aula mais pedagógica

Como se fosse eu um desalmado incerto
Assim não teria a certeza
Se estou longe ou mais perto
De aferir a minha própria pureza

Como se fosse uma palavra um beijo
Dado na boca da desilusão
Como se simples frases escritas
Conseguissem destroçar um coração

Tuesday, January 20, 2009

The sad little boy

He is a sad little boy with a sad little mind that thinks his sad little soul is the saddest little thing you can find. Well the sad little boy never knew the truth because wherever he did go everyone just acted brute.
When the sad little boy went back to his sad little room he felt like the saddest little boy in this sad little world's gloom. In a next sad little day the sun was up and bright and no sad little rain drops were near his sight. What a happy little day thought the sad little boy without any words more to describe his heart so sore... The sad little boy's sad little sore heart couldn't be healed by the happy little sun up on the sky shinning bright. What to do, what to do, thought the little sad boy maybe a little much too trough. He decided to walk outside where not even the saddest little miseries couldn't find a place to hide.
As he puts his sad little foot outside his sad giant house he notices a happy little girl chasing a cat chasing a mouse. He laughs and laughs with his sad little mouth making the brilliant noise of his now happy little voice.
The sad little boy was now a happy little boy chasing with happy little steps a happy little girl.

The mouse is the one caught in the middle all he wanted was to eat some cheese and maybe solve a random riddle!
There goes the sad little mouse running as fast as he can away from the angry freaky cat who's being chased by a happy little girl chased by a happy and little boy.

Saturday, December 20, 2008

A dançar com o Diabo

A dançar com o Diabo,
Sem olhar para trás.
A rir-me no Inferno,
Ao lado de Satanás.

A contrariar este mundo,
Que tem simplesmente demasiada bondade...
A odiar a perfeição
Que existe em excessividade.

Quero os defeitos,
Tragam essas incongruências!
Tragam os ódios, os enganos, as mentiras,
Tragam vinganças alheias, todas essas as maleficências.

Porra, tragam o sangue!
Não quero paz, paz é aborrecido!
Deixem-me rir do mal... Do anormal
Deixem-me parar de estar adormecido!
Deixem-me andar sempre divertido, mas também irritado
Deixem-me rir dos bons, da perfeição
Deixem-me estar com o bem indignado!

A dançar com o demónio,
A gargalhar desdenhosamente.
A causar o pandemónio,
Enquanto sorrio carinhosamente.

Rituais, rezas, estrelas e números demoníacos...
Inutilidades para chamar a atenção.
Quando para ser idiota,
Apenas basta um sorriso com segunda intenção.

Vamos todos agir mal,
Vamos todos ser o pior que pudermos!
Vamos agir o pior possível,
Magoar toda a gente que quisermos!

Vamos dar um motivo para o inferno sorrir!
Vamos fazer mais um ou dois anjos cair.
Vamos quebrar esta triste monotonia,
Vamos criar caos com a mais perfeita alegria!


E não venham os puristas
Criticar-me por ter falado no Diabo
Deixem as minhas fixações em paz.
Cada um faz o que faz,
Cada um escreve o que escreve,
Cada um pensa o que pensa.
Não quero saber se vou para o inferno ou para o paraíso,
Pois nenhum deles existe.
Deixem-se de ideias parvas!
Apenas ganhem juízo.
Deus são vocês,
Diabo são vocês,
O céu somos nós
Assim como somos o inferno.
Tudo depende das nossas acções
Todo o mal vem dos nossos próprios corações.








 

Wednesday, December 17, 2008

Life is the answer

Ask me how's my life...
I'll ask what is life.
What are we doing here?
What am I doing here?
Everything is just too uncertain.

What is this we're living?
What's even living?
Are we here for something special?
Or the only point in life is just plain breathing?

Tell me, don't ignore my ignorance
Explain me what I'm doing
Am I loving for the wrong reasons
Or hating for the right ones?
Tell me where has my logic ran to
Give me answers! Just one or two...
Clear my mind of my own thoughts
Fill them with something I don't have to understand...
I just want to believe.

A blank.
White.
Vague memories of a life...
Where my mind has been before,
Where it will never be again.
Where my heart beats forever sore...
Where it just beats asking for something more.
Give me the Answer.
Give me Life.

Tuesday, December 9, 2008

Cada alma é diferente

Pássaros, arco-íris, flores dum belo jardim...
Sim, são coisas interessantes.
Doces para os nossos olhos vagueantes,
Mas não significam nada para mim.

Qual o mal de gostar da chuva?
De tristes dias cinzentos?...
Cada um aprecia o que lhe faz sentido
Cada um vive de forma própria os seus sentimentos.

Proíbam-me de gostar de preto,
De amar a inebriante sombra dum canto...
Desafio-vos a tirar-me isso.
Se tenho liberdade de expressão,
Porque não posso ter também liberdade de sentimento?

E silêncio! Tudo contra o silêncio!
Porquê?!
Doce silêncio, a calma do pensar
Sem ninguém a contrariar;
Sem ninguém a escarnecer;
Sem ninguém a quem indignar;
Sem ninguém para nos fazer sofrer.

Deixem-me gostar do que gosto!
Será que incomodo alguém?
Deixem-me rir-me sozinho,
Deixem-me estar abraçado a ninguém.

Não se queixem dos meus interesses.
Olhem para vocês próprios.
Se eu digo que sou feliz,
Porque não podem acreditar?
A felicidade é relativa!
É um conceito diferente em cada diferente pensar.
Cada um tem a sua forma de sofrer,
Cada um a sua forma de amar.



Cada alma com a sua sombra,
Cada alma com a sua luz...
A realidade que a uns assombra,
Para outros pode ser a única que reluz.