Sunday, November 30, 2008

Hipocrisia. Falso orgulho. Linda bipolaridade! Bah, mundo idiótico!

Estar feliz...
Ah eu estou.
Tristeza.
Como a abraço!
Rio-me às gargalhadas da minha tristeza
E choro... Consequência da ténue felicidade.


Ai a minha doce perfeição...
Qual perfeição qual quê?
Só sou perfeito no exagero dos meus defeitos.

Não tenho mérito por nada do que faço
Tenho apenas sorte por me conseguir safar
Apesar da minha imensa preguiça...
Tenho preguiça
Preguiça de viver!

Porquê?
Porque tenho que ser assim?!
Porque será que tenho tanto orgulho no que sou
Mas quero tanto mudá-lo?

Porquê?
Porquê!?
PORQUÊ!?

Mundo idiótico!
Gira à minha volta se é esse o teu desejo.
Mas pára de perturbar a minha própria rotação!

Porque é que me odeio!?
Porque é que me adoro!?
Não posso só gostar!?
Meu Deus, até me ficava por odiar se assim fosse preciso
Mas parem de me baralhar!

Hehe tenho pena de quem lê estes devaneios...
Tanto ódio e rancor
A percorrer cada letra como se fosse uma e outra veia.
Artérias para o melancolismo!


Só me quero gargalhar deste reflexo de mim.
Um ha
outro ha
mais um ha
Fica tudo tão perfeito
Negridão divertida!

Fechar-me num recanto obscuro a ver o preto dançar
Sentir lágrimas escorrerem...
Sabem bem!

Chamem-me emo
Chamem-me triste
Chamem-me disparatado,
Exagerado, idiota.
Chamam-me o que diabo bem entenderem!
Sei que não o sou.
No fundo sou nada
Um nada inútil e deprimente.


Cala-te mundo!
Calem-se todos!
Cala-te meu reflexo...
Cala-te minha alma.




Quero silêncio.












Tuesday, November 25, 2008

Desabafo intelectual

Não sei
Pensarei nisso

Tal como penso em tudo na vida
Tal como remexo a minha alma pelas razões mais simples e inúteis

Não sei
Pensarei nisso

Tal como penso em tudo o que me rodeia
Tal como remexo as almas perdidas nas amizades anteriores

Não sei
Pensarei nisso

Tal como reflicto sobre reflectir
Mil Diabos! Tal como até no próprio respirar penso!

Talvez
Já pensei um pouco

O que diabos é pensar?
Bah, turbilhões de ideias a girar na minha pobre cabeça



Quero pensar?
E viver?

Não sei.
Pensarei nisso.

Monday, November 24, 2008

Crítica ao sonho

"Vida sem sonhos não é vida"
Bah! Não é?
Acordem! Viver não é sonhar.
Viver é viver!
Sonhar não é viver!
Faz parte da vida,
Mas não é viver.
Sonhar é quando dormimos!
Quando pausamos da vida.
Deixem o sonho para a noite,
E a vida para o dia.
Vida sem sonhos é certamente vida!
É viver, sem dúvida.
Será viver bem?
Isso já não posso garantir.
Mas sonhar não é viver,
É da vida fugir.

E revoltam-se contra mim.
E perguntam-se porque é que não tenho sonhos.
Pois não tenho. Tenho é ambições.
Sonhos? Esses talvez os tenha...
Mas quando abro as pálpebras de manhã já há muito se desvaneceram.
E sabem? Fico contente com isso.
Sonhar que fique para a noite.
De dia contento-me em viver.

Querem sonhos? Sonhem-nos vocês
Sonhos tornados realidade?
Não existem.
Um sonho tornado realidade seria todos nós adormecermos,
E sonhar esse mesmo sonho.
Pois um sonho tornado realidade seria o mesmo,
Que a realidade se tornar sonho.
Para se tornar realidade, existem perspectivas
E ambições diversas.
Anseios de mudança provindos de mentes dispersas.
Esses é que se concretizam, se tornam realidade,
Os sonhos, esses ficam para a escuridão tardia.

Aliás, um sonho tornado realidade para uns,
Seria certamente pesadelo para outros, não é assim?
Pois que afastem as fadas essas varinhas de condão de mim!
Concretizem sonhos nos recantos do inferno.
Deixem o mundo para quem age!
Não para quem sonha.

Thursday, November 13, 2008

Pequeno rascunho sobre a felicidade

A felicidade é tímida
Tem vergonha de aparecer
Demora tanto a surgir
Que nos faz enraivecer

Que perca então a vergonha
Essa casmurra felicidade
Amada por tanta gente
Mas não acredita nessa verdade

Vem ténue felicidade
Iluminar nossos corações
Tira a tristeza desta realidade
Que tira o ritmo às canções

Que coisas pequenas
Tenham grande significado
Que uma pequena felicidade
Deixe um coração grandemente iluminado

Friday, November 7, 2008

A Sintonia do Paradoxal - Estilhaços duma negra perfeição

Esquerda, direita, para onde olhar?...
Olhos postos num chão que foge do nosso pisar.
Fissuras profundas abrindo na nossa mente,
A realidade vira-se contra a realidade fazendo da realidade algo surpreendente.

Ah, doce monotonia da perfeição!
Deves pensar que controlas o meu coração!
Queres prender-me às correntes da diferença e distinção?
Haha, pois eu digo NÃO!

CIMA
BAIXO
Para onde olhar!?
Cada passo que dou estou a desesperar!
BAIXO
CIMA
Podre céu cinzento!
Cais-me por cima e pensas que escapas isento!

ESQUERDA
DIREITA
Onde está a profundidade?
O que parece tão perto é inalcançável na realidade...
DIREITA
ESQUERDA
Está a vida quebrada,
Queria tudo ser diferente mas a diferença foi estilhaçada!

GRITA
VOCIFERA
Ignora toda a ordem!!
Chama mil demónios e causa tu a desordem!
SALTA DE ALEGRIA
RI-TE PELA TRISTEZA
Faz o que ninguém alguma vez faria:
Chama à morte de beleza!

CORRE
VOA
Dirige-te ao nada!
As musas foram mortas e toda a inspiração está esgotada!
MATA
MORRE
Aniquila o pensamento!
De que vale reflectir se nunca vivemos o momento!?

AGUENTA
RESISTE
Persegue o que nunca perseguiste!
Não vale a pena viver se nunca na vida sorriste!

CONTRARIA
SÊ UM PARADOXO
Deixa de ser um alvo a matar...
Pega na tua arma e passa a ser tu a caçar!

NÃO!

DESISTE!

Deixa o teu destino em branco...

Ninguém te pode castigar se nunca exististe.

JÁ CHEGA
ACABOU...

O mundo que tentaste salvar...






Acabou agora mesmo de desmoronar.












É silêncio,
E barulho da chuva...
O nada depois da loucura.
E agora a única coisa que perdura,
É uma falsa sintonia
Chamada antes de paradoxal.

Uma profunda agonia:


Sente-se agora o que é o Real.


---------

E então quebra-se assim a sintonia...
Nada do que é lógico permanece para sempre paradoxal.
Pois tudo o que simplesmente parece irreal,
Muito raramente demonstra não ser tal...

Ser lógico não é ser diferente,
Nem de perto ser igual.
Ser lógico é sermos nós,
Pois nós somos a lógica do real
.

---------


Fim da Sintonia do Paradoxal