Tuesday, October 28, 2008

A Sintonia do Paradoxal - Turbulência Mental

Reinando as trevas da pacífica monotonia,
A calma inebriante deixava a desejar...
Aquela envolvente sintonia,
Já não é capaz de se aguentar...

Nas mentes mais despertas,
Apareceu uma vontade de mudar...
Diferir das características incertas,
De quem só se quer evidenciar.

No entanto o problema era confuso,
Não se via qualquer razão
Para se tornar tão raro o silêncio antes profuso,
E a paz se transformar em preocupação.

O raciocínio tornou-se turbulento,
Com ódios ocultos a penetrar
A mais profunda raiz do pensamento,
Deixando-nos com vontade de gritar.

Qual será o mal da vida perfeita,
Da melodia simples da diferença?!
Porque se terá tornado a felicidade tão rarefeita,
Quando a presença dela antes era tão intensa?

Sentimos vontade de lutar,
Sem saber bem o que é vencer...
Sentimos vontade de mudar,
Mas não sabemos que mudança fazer.

Acabamos deixando-nos levar por essa turbulência,
Que insiste em nos embalar...
Mantemos apenas a aparência,
De quem nunca na vida quererá mudar.

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Nem a própria perfeição dura toda a eternidade
Há sempre problemas por resolver
Honestamente, nenhuma perfeição é realidade
Pois esta acaba sempre por se inverter

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Friday, October 24, 2008

A Sintonia do Paradoxal - Tempos de equilíbrio

No distante começo...
Tudo está equilibrado...
Nada na alma tem o seu preço,
Pois está satisfeito todo o necessitado.

Satisfeitas estão as almas de essência,
Que pedem sempre mais diversidade.
Não exigem mais diferença,
Pois satisfizeram toda a curiosidade.

Sente-se a calma palpável...
Aquela paz puramente surreal.
Pois cada um se abraça saudável,
Repleto de insanidade mental.

São tempos de equilíbrio do real...
A contrariedade lindamente balançada.
É a união da lógica ao paradoxal...
A sensação duma loucura realizada.

Baniu-se o ordinário,
E a busca por ele...
Passou-se a amar todo o contrário,
E a seguir as leis dele.

É o início da nova era,
A era do paradoxal.
Em que o comum é uma triste fera,
A ser eliminada do real.

É o amor pela diferença,
O sofrer de forma invertida...
É ver coerência,
Nos próprios erros da vida!

É sentir a escuridão,
Das estrelas mais brilhantes
E alcançá-las com a mão,
Mesmo estando absurdamente distantes.

A própria sintonia deste paradoxal,
É o maravilhoso exagero do incomum...
O equilíbrio não é imparcial,
É na verdade a falta de balanço algum.

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Pergunto-me em que dia
Perderemos a sintonia
Em que morreremos às mãos da vulgaridade
Chorando a falta de disparidade

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Monday, October 20, 2008

A epicidade da arrogância. Sintonia do Paradoxal

Fantasmas vivos a olhar para o vazio
Sombras escuras a prolongar o frio
Somos zeros num mundo numeral
Somos sempre o nada mas no fundo o total

Somos aqueles que mudam o mundo
Que tornam tão chocante a nossa história
Somos Deuses bem lá no fundo
Somos a morte da nossa própria glória

Somos os paradoxos do orgulho!
Contrariamos a sensação do geral
Diferimos de todo este entulho
Fazendo o que não é normal

Rimo-nos do que é desolador
E choramos da alheia felicidade
Somos cavaleiros contra o amor
Aniquiladores da linda verdade

Somos a elite que não é real
Não existimos nem somos paranormal
Somos simples vácuos de sanidade mental
Existentes na noção de intemporal

Não somos contrariedades:
Somos o próprio ego destas
Existimos com diferentes personalidades
Mas todos com intenções funestas

Somos o balanço entre tudo e nada
Somos a defesa contra a monotonia
Somos reis da realidade enganada
Somos do paradoxal a sintonia

Friday, October 17, 2008

Uma sensação de errado. Poema confuso resultante da minha confusão mental

Aquele frio da incorrecção
Esfriou a minha mente
Estava tudo bem no meu coração
Mas o errado estava inerente
Olhei para ambas as direcções
Nada vi senão bem
Escutei todas as canções
Que o abrasivo tempo tem
Escondido estava algures
O pedaço de mentira que me escapava
Mas no meio de nenhures
Era o único sítio onde procurava
Correntes de pensamentos
Fugiam rapidamente
Gritos violentos
Tornavam-me irreverente
O que estava ao espelho não era eu
Mas sim uma qualquer preocupação
Um nervosismo que não era meu
Mas sim nascido da divagação
O errado tinha-se apoderado de mim
Tornando-me também errado
Não devia ter sido assim
Não estava destinado
A conclusão a que vim
Foi que eu apenas estava enganado
O errado não era verdade
Era apenas um correcto dissimulado

Wednesday, October 8, 2008

Seis passos para a bela perdição

Um
Começa a algazarra
Correntes de idiotice
Explodindo sem fim
Criando ainda mais imundice

Dois
Alastra ao centro
Corrompe todas as mentes despertas
Pinta-te negro por dentro
Torna-te as esperanças incertas

Três
Não sabes que fazer
A loucura é demasiada
Não consegues nem ver
Essa tua escapatória disfarçada

Quatro
O pior já passou
Ou será que está para vir?
Pois agora não sabes o que se estragou
Nem fazes ideia do que estás a sentir

Cinco
Perdeste-te no obscuro
Não podes escapar
Estás preso na lógica
E agora não a podes contrariar

Seis
Acabou tudo
Desiste da tua mente
Abre-te à escuridão
E a sua beleza sente.