Friday, October 24, 2008

A Sintonia do Paradoxal - Tempos de equilíbrio

No distante começo...
Tudo está equilibrado...
Nada na alma tem o seu preço,
Pois está satisfeito todo o necessitado.

Satisfeitas estão as almas de essência,
Que pedem sempre mais diversidade.
Não exigem mais diferença,
Pois satisfizeram toda a curiosidade.

Sente-se a calma palpável...
Aquela paz puramente surreal.
Pois cada um se abraça saudável,
Repleto de insanidade mental.

São tempos de equilíbrio do real...
A contrariedade lindamente balançada.
É a união da lógica ao paradoxal...
A sensação duma loucura realizada.

Baniu-se o ordinário,
E a busca por ele...
Passou-se a amar todo o contrário,
E a seguir as leis dele.

É o início da nova era,
A era do paradoxal.
Em que o comum é uma triste fera,
A ser eliminada do real.

É o amor pela diferença,
O sofrer de forma invertida...
É ver coerência,
Nos próprios erros da vida!

É sentir a escuridão,
Das estrelas mais brilhantes
E alcançá-las com a mão,
Mesmo estando absurdamente distantes.

A própria sintonia deste paradoxal,
É o maravilhoso exagero do incomum...
O equilíbrio não é imparcial,
É na verdade a falta de balanço algum.

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Pergunto-me em que dia
Perderemos a sintonia
Em que morreremos às mãos da vulgaridade
Chorando a falta de disparidade

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1 comment:

Alice Cezar said...

Senti a paz , os abraços , a insanidade. Exatamente nessa ordem. Que deleite esse poema "paradoxal". Beijos.